quarta-feira, 6 de junho de 2012

I-Doser ou Droga Musical


Todos sabem que há drogas para se inalar, injetar ou ingerir. O que nem todos sabem é que existe uma espécie de droga feita para você ouvir. Sim, ouvir.

Apresento-lhes o I-Doser. Este é um software que produz determinadas ondas sonoras capazes de interferir nas ondas cerebrais de quem as recebe, de modo a simular o efeito de algumas drogas reais no homem. A técnica utilizada pelo programa é baseada nas chamadas “ondas binaurais”.

As ondas binaurais são usadas apenas em fones de ouvido. Consistem em duas frequências quase iguais (uma em cada lado do fone) que fazem o cérebro se adaptar e gerar uma terceira frequência. Por exemplo, se um lado do fone emite uma frequência de 300 Hz e o outro de 310 Hz, a frequência ouvida é de 10 Hz. É importante ressaltar que os estudos sobre as frequências binaurais são novos e incompletos, assim como os efeitos colaterais de drogas como o I-Doser.

Quando o software começa a liberar sua dose, de início o usuário pode sentir certo incômodo enquanto não se consuma o efeito esperado. Cada dose pode variar em pouco menos de uma hora até que o efeito desejado seja atingido. Há doses para melhorar a capacidade de raciocínio, estimular o desejo sexual, incrementar a concentração, etc. Recomenda-se utilizar o I-Doser em ambientes calmos, com pouca luz e através de fones stereo (o comum) para bons resultados.

Apesar de tudo isso, há quem diga que o efeito do software não passa de um placebo. Placebos são drogas (lê-se também “remédios”) inertes que apresentam efeitos terapêuticos reais porque o paciente acredita estar tomando a droga verdadeira. Como eu já afirmei, não há estudos comprovados sobre o I-Doser, inclusive quanto à sua validade. Apesar de haver neurologistas dizendo que não há possibilidade de dependência por esta droga, seu uso não moderado pode causar disfunções cerebrais.

Como amante de quaisquer assuntos que envolvem o consciente e subconsciente humanos, essa questão é bem interessante para mim. Quem sabe, algum dia, consigam desenvolver substâncias que influenciem nosso sistema nervoso sem efeitos ruins. Imaginem quão divertido seria ampliar nossa capacidade cognoscitiva a um ponto desconhecido.

Anyway, apelando ao velho conselho... Diga “não” às drogas! :)


Gabriel Lago

2 comentários:

  1. ja usei o brain+HQ dentro da sala de aula depois dos 10 min tirei o fone fiquei tipo muito pensativo e olhando para os lados, eu estava escutando uns barulhos bem fortes tipo do vento mas nao exatamente, e fiquei tipo meio pateta alguns minutos, fiquei meio sismado de usar novamente ate porque nem usei da forma que mandam e ja me senti meio estranho

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