Oi! Hoje falarei sobre o primeiro Serial Killer conhecido da
Rússia no século XX, Andrei Chikatilo, conhecido como “O açougueiro russo” ou
de Rostov, “O estripador vermelho”, “Estripador de Rostov”, “Monstro de Rostov”
e “A besta louca”, pelo menos segundo os sites que eu vi (cada um tinha um nome
diferente, tenho a leve impressão que eles que criaram.)
O cara confessou 55 assassinatos praticando antropofagia
(canibalismo), suas vitimas eram crianças novas dos dois sexos, e mulheres. A
sua crueldade inspirou a musica Psychopathy Red do álbum World Painted Blood da
banda norte-americana Slayer, o filme “Evilenko” de 2004 dirigido por David Grieco
se baseou em sua história, o livro Criança 44 de Tom Rob Smith usou características
dos assassinatos sendo o primeiro nome do personagem principal Andrei também e
outra fonte que diz que o filme “Cidadão X” também foi inspirado nele.
Ele nasceu em 16/10/1936 na Ucrânia, tinha esposa, filhos,
diploma universitário em artes liberais, literatura russa, engenharia e
marxismo-leninismo, era um membro leal ao partido comunismo e estava acima de
qualquer suspeita.
Sua família sofreu muito com a “coletivização” forçada por
Joseph Stálin na década de 1930, enfrentando pobreza e fome. Seu pai foi soldado
russo e feito prisioneiro na 2a guerra mundial, sua mãe criou os
filhos sozinha. Ele e os irmãos eram atormentados pela história que a mãe
contava de que por conta da grande fome em 1930 o irmão mais velho, Stephan,
havia sido raptado e canibalizado. Porem, não há registros nem do nascimento
nem da morte, ou algo que comprovasse a existência de Stephan Chikatilo. Além
da história traumática sobre o irmão, Andrei sofreu um distúrbio sexual na
adolescência, que o deixava periodicamente impotente, o que lhe causou certo
abalo psicológico, e também sofria de uma miopia muito forte, o que fazia com
que ele pensasse, mesmo tendo tido dois filhos com a esposa, que havia sido
castrado e cegado ao nascer, e essa fantasia o levou ter comportamentos violentos
e vingativos.
Era alvo de piadas no colégio por seu jeito estranho e
afeminado, se tornou um rapaz alto, forte, e muito inteligente, se mantendo
sempre isolado. Já adulto lecionou em uma escola para garotos onde, por não
conseguir controlar bem a turma por conta de sua timidez, era alvo de
brincadeiras dos professores e dos alunos, os últimos o chamavam de “ganso” por
seu pescoço comprido e postura estranha, mas depois passou a ser chamado de
“maricas”por molestar as crianças. Ele costumava a andar com uma faca, segundo
um site por se sentir ameaçado pelos alunos, apesar de seu tamanho e idade,
porem outro site diz que era para molestar os alunos, chegando a atacar um
deles em um dormitório.
Ele costumava atrair suas vitimas para áreas isoladas, onde houvesse
bosques, passando a agir violentamente, como um “lobo enlouquecido”, como ele
próprio se descreveu. (a partir daqui vou copiar e colar site HYPERLINK
"http://psycholoco.wordpress.com/2009/01/24/andrei-chikatilo/"http://psycholoco.wordpress.com/2009/01/24/andrei-chikatilo/
pela incapacidade de repetir essas coisas. Adoro estudar vida e mentalidades
deles, e o geral de como matavam, tipo brutal ou não, mas quando é brutal, tem
detalhes que prefiro não gravar na memória, então vou por em itálico pra quem
não quiser os detalhes também, ai só pulem)
“Começava
amarrando suas vítimas, golpeando-as e as prendendo contra o chão para então
arrancar suas línguas com mordidas a fim de que não pudessem gritar, logo
depois as violava e iniciava a mutilação pelos olhos, para então desmembrá-las
enquanto ainda estavam vivas com cerca de 40 a 50 feridas profundas, arrancando
nariz, dedos, mamilos e testículos, fervendo e comendo os testículos e os
mamilos.
Algumas vezes
arrancava os órgãos sexuais de suas vítimas com a própria boca, em outras
enchia a barriga das vítimas com terra e as destrinchava.
Chikatilo agia com
tanta brutalidade mutilando suas vítimas de modo tão intenso que quando as
autoridades descobriram o corpo de uma jovem em um trigal, acreditaram que ela
havia caído embaixo de uma maquina agrícola. Em outros casos a policia
encontrava corpos que julgavam serem de meninas, e após o exame dos corpos,
descobria serem na verdade meninos.”
Continuando...
Andrei fez sua primeira vitima tardiamente, com 42 anos, no
dia 22/12/1978, uma menina de 9 anos chamada Lena Zakotnova que foi atacada
sexualmente, estrangulada e apunhalada varias vezes. O crime aconteceu na
cidade de Shakhty, o corpo dela foi retirado do rio Grushevka, perto do rio
havia uma casinha com degraus sujos de sangue. Após a descoberta de que o
barraco pertencia a Andrei Chikatilo, este foi chamado para depor, mas, tendo
seu álibi confirmado pela esposa, Andrei foi liberado. Foi Alexander
Kravchencko de 25 anos o acusado pelo crime, ele já estava em condicional por
estupro e assassinato de uma garota. Foi fuzilado em julho de 1983, mesmo não
tendo nada em comum com o perfil do assassino dado por Svetlana Gurenkova uma
testemunha que alegou ver um homem de cerca de 40 anos e óculos de grau forte
com a vitima, lhe oferecendo balas em um ponto de ônibus.
Em 1981 Chikatilo foi demitido da escola onde trabalhava, e
assim torna-se gerente de suprimentos de uma fabrica, o que facilitou a escolha
de suas vitimas já que viajava constantemente.
Obs: Não vou contar como foi cada assassinato, se
quiserem entrem no blog que já citei acima, ele é muito bom por sinal, sendo o
mais detalhado. Mas para não faltar
informação vou falar os nomes e idades das vitmas que apareceram nos textos que
vi, e o que foi importante nesses casos.
A segunda
vitima foi Larisa Tkachenko de 17 anos, uma coisa diferente dos outros casos é
que no fim das crueldades ela foi empalada, mas já estava morta. A terceira foi
Lyuba Byriuk de 12 anos em 12/06/1982, foi encontrada um ano depois, em 1983
fez mais 3 vítimas e Oleg Podzhidaev de 9 anos, seu corpo não foi encontrado,
mais o assassino disse que o castrou. Em 1984 foram encontradas mais 10 vitimas
de ambos os sexos e ele fez mais 10 vitimas no ano, sendo que 8 delas foram só
em agosto. Agora um detalhe que acho importante comentar é como o numero de
mortes foram aumentando rapidamente com o passar do tempo, normalmente nesses
casos, após o primeiro crime, o assassino vê como sente prazer em matar, e vai
matando cada vez mais.
Em dezembro de 1984 Andrei arrumou um emprego em uma
fabrica de locomotivas, também viajando bastante.
Só voltou a atacar em agosto de 1985, matou uma jovem
com problemas mentais que tinha 18 anos, no mesmo mês matou uma menina que
achou numa estação de ônibus em Shakhty, prometendo lhe dar abrigo em troca de
favores sexuais. Decidiu parar por um tempo no ano de 1986 por conta da
intensificação das investigações, mas voltou em 1987, sua vitima foi um menino
de 13 anos. Em julho desse mesmo ano cometeu mais um crime, e este foi tão
brutal que sua faca foi encontrada quebrada na cena do crime. Em abril de 1988
matou uma mulher de 30 anos em Krasny Sulin, na cena do crime foi encontrada
uma pegada sua, tamanho 45. Em 1989 matou mais 8 pessoas, entre elas Tatyana
Ryshova que foi assassinada no apartamento vazio da filha de Andrei, depois
seus restos mortais foram levados a um local de despejo seguro. Yelena Verga de
9 anos, e o mais horripilante é que ele a matou um pouco antes de ir para o
aniversario de seu pai. Um garoto de 10 anos foi sua ultima vitima do ano de
1989 após ser morto a facadas foi enterrado no cemitério de Rostov pelo próprio
Andrei. Por fim, Andrei matou mais 9 pessoas entre janeiro e novembro de 1990,
sendo em sua maioria meninos.
O mais complicado nesse caso foi a incapacidade da
Rússia de acreditar que eles podia ter um serial killer, por acreditar que isso
era algo apenas de países capitalistas, e por conta dessa arrogância foi apenas
em 1984 que a policia, a partir das investigações de Mikhail Fetisov, que
chegaram a conclusão de que era um serial killer. Mas o que também atrapalhou
na investigação foi o inverno rigoroso da Rússia, que fez com que os corpos
permanecessem congelados, atrapalhando a investigação, mas preservando os
corpos.
Começaram a pesquisar arquivos de hospitais
psiquiátricos e nos arquivos de polícia. Não conseguiram nada, e então passaram
a comparar amostras do sangue dos suspeitos com o sêmem retirado do assassino.
Chikatilo estava entre eles, porem, seu sangue não bateu por conta de um erro.
Depois disso Chikatilo ficou ainda mais confiante. Sem pistas a policia decide
aumentar a vigilância nas estações de ônibus, trens e bondes com maior atenção
na estação de ônibus de Rostov, e assim acabaram encontrando Andrei Chikatilo
graças a Alecsander Zanosovsk e seu parceiro que após varias vezes vendo ele
conversando com mulheres, começaram a suspeitar dele e decidiu segui-lo, depois
de ver uma mulher gritar irritada com ele, eles o pararam e pediram documento,
Andrei começou a suar muito, e o revistando descobriram uma corda, vaselina e
uma faca, podendo assim levá-lo em custódia.
Porem sem mais informações o assassino ficou preso
por roubo por apenas 3 meses, sendo solto ainda no mesmo ano.
Demorou mais 6 anos para voltarem a considerar
Chikatilo, em 1990 durante a investigação do assassinato de um garoto um
atendente da estação de Shakhy reconheceu uma foto do garoto, e contou que ele
havia comprado uma passagem com um homem de descrição que batiam com Andrey, e após
outras alegações suspeitas sobre o homem, a policia, sobre o comando de Issa
Kostoyev, decidiu montar um esquema de vigilância sobre ele.
No dia 10 de novembro de 1990 Chikatilo foi preso
para averiguações, sendo novamente encontrado uma faca afiada, uma corda, e
vaselina em suas coisas. Com uma busca
detalhada no apartamento de Andrei encontraram mais 23 facas, um machado e um
par de sapatos que batia com a pegada encontrada ao lado de uma das vitimas de
1988, Krasny Sulin.
Para fazer com que Andrei confessasse, Issa Kostoyev
precisou da ajuda de Alecsandr Bukhanovsky, que foi quem montou o perfil do
assassino pela primeira vez em 1984 alegando que o assassino tinha cerca de
1,65, entre 25 e 50 anos, Calçava numero superior de 41, possuía grumo
sanguíneo comum, sofria de dores de cabeça e distúrbios sexuais, mas não era
retardado ou esquizofrênico, agia sozinho, planejando seus crimes antes de
realizá-los, provavelmente havia sido vitima de abuso sexual, era sádico e se sentia
deprimido quando não matava. Depois de 1985, com mais informações dos crimes,
Alecsandr montou um perfil mais detalhado, descrevendo o assassino como alguém
com controle sobre suas ações e que era narcisista e arrogante, era
heterossexual e necrófilo, estando entre os 45 a 50 anos de idade, atingia
primeiro a cabeça da vitima para evitar reações, atacando posteriormente com
facadas, masturbava-se durante os crimes, cegava suas vitimas para impedir que
sua imagem ficasse em seus olhos, emasculava (castrava) os meninos para
feminilizá-los e ao fazer isso com as meninas demonstrava poder sobre elas,
ingeria ou guardava os órgãos sexuais, parando quando corria o risco de ser
pego.
O conhecimento do perfil fazia com que o interrogador
fingisse simpatizar e compreender completamente o assassino.
O interrogatório durou 8 dias, durante os quais Andrei
confessou seus crimes, confessando 28 crimes a mais que os 36 conhecidos pela
policia, e dando detalhes sobre eles, usando até um boneco para mostrar como
agia com suas vitimas.
Chikatilo foi enviado em 1992 para uma avaliação neurológica
e psiquiátrica, onde foi declarado são e apto para julgamento, porem
descobriram que ele tinha danos cerebrais importantes que danificavam seu
controle da ejaculação e bexiga. Seu julgamento começou em 14 de abril do mesmo
ano, e, mantido em uma jaula de metal, alegou ser uma “alma atormentada e
enlouquecida por sua impotência sexual” descrevendo em detalhes os assassinatos
e seu comportamento psicótico. Dia 15 de outubro o julgamento terminou em uma
sentença que o declarava culpado de 52 homicídios e condenado a morte, Chikatilo
então declarou: “quero que meu cérebro seja desmontado pedaço por pedaço e
examinado de maneira que não haja outros como eu.”. Sua apelação por indulgencia
foi rejeitada pelo presidente da época, Boris Yeltsin, assim sendo, no dia 15
de fevereiro de 1994 Andrei Romanovich Chikatilo foi executado com um tiro na
nuca.
Alexander Kravchenko teve perdão póstumo pelo
assassinato de Lena Zakotnova. (O que foi uma alivio para ele, afinal, estar
morto melhora muito quando ao invés de ser acusado de 2 crimes se é acusado só
de um que é um pouco menos pior, sua alma rebolou e disse “Eu não disse que era
inocente!”-.-)
Bom, demorei infinitos dias para fazer esse texto,
1/3 de culpa para a preguiça, 1/3 vida social, 1/3 internet e televisão, ou ½
/3 pra cada se preferirem, logo não tive paciência de reler no final, qualquer
problema no texto façam o favor de comentar que eu corrijo. Durmam bem e não aceitem balas de estranhos,
nem cheguem perto de lugares afastados quando um psicopata estiver por perto,
na duvida, pergunta pra ele se ele costuma assassinar pessoas, se ele disser
que sim saia correndo, se não, ta tudo bem! (parei já, juro que é o sono que me
deixa mais retardada que o normal.)
Boa noite!
Anna Paiva